Uma tarde do verão de 1860, estavamos alguns addidos de legação numa salla do Club, em Berlim, procurando meio de passar agradavelmente a noite. Propoz alguem que fossemos ao theatro vêr o Fausto. Acceitaram todos a idéa, só eu lembrei que mui pouco sabia de allemão. Seguraram-me que assim mesmo gostaria da peça, e fomos.
O theatro estava apinhado de gente, enchia-o até os ultimos recantos uma variadissima assembléa, esperando em profundo silencio que principiasse a representação. Ergueu-se o panno, e a voz vibrante e sympathica de Hendrichs começou a declamar o magnifico monologo, que estrêa o primeiro acto.