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E nas ondas azuladas
A taça de ouro lançou.

 

Viu-a cahir, affundar-se
E no mar desappar'cer.....
Os olhos no chão cravou,
Não tornou mais a beber.

 
(Abre o armario para guardar o fato e vê
a caixa das joias.)
 

Como veiu aqui ter tão lindo estojo ?
De ter fechado o armario 'stou bem certa.
Maravilhoso é! Que estará dentro?
É talvez um penhor sobre o qual hoje
Deu minha mãe dinheiro. D'uma fita
Aqui pende a chavinha. Abril-o quero.
Que é isto, Deus do ceu! Não vi tal nunca!
Um adereço com que mostrar-se pode
Nos mais solemnes dias uma dona!
Deixa ver o collar. Tanta riqueza
De quem será? De quem tão bellas joias?

 
(Enfeita-se com ellas e chega-se ao espelho.)
 

Se podessem ser. meus sequer os brincos!
Em os pondo, pareço logo outra.
Que te serve a belleza, pobre moça?
É muito, mas aos homens que lh'importa;