No pinheiro invernoso já se sente,
Como não ha de os membros penetrar-me ?
De tal cousa não sinto nem suspeitas !
No corpo tenho o inverno, gelo e neve
Por sobre este caminho desejára.
Como sobe tristonho o mingoante
Disco da lua, com fulgor tardio,
Allumiando mal, que a cada instante
Em penedos e troncos tropeçamos.
Deixa-me aqui chamar um fogo fatuo,
Descubro acolá um que alegre brilha.
Oh lá, amigo, oh lá! posso pedir-te
Que te chegues a nós? De que te serve
Arder assim debalde? Favor faze
De vir allumiar-nos a subida.
Espero conseguir de respeitoso,
Que se constranja minha leve essencia ;
Caprichosa e errante a marcha é nossa.
O que? Pois imitar os homens cuida?
Ande direito em nome do demonio,
Ou sopro-lhe essa vida vacillante.