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MARGARIDA
Partir não posso, não me resta esp'rança.
De que serve fugir, se me perseguem ?
Mendigar é tão triste, e mais ainda
Com ruim consciencia! Em terra extranha
É tão triste fugir, andar errante;
E quando nem assim lógro escapar-lhes!
FAUSTO
Mas vou comtigo.
MARGARIDA
Corre, corre, salva
O desgraçado filho. Pela senda
Que vae pelo ribeiro, além da ponte,
Do bosque bem no meio, á mão esquerda,
Junto da prancha que atravessa o tanque!
Corre que ainda lucta, que braceja,
Vê se o salvas, vê.
FAUSTO
Socega, pensa,
Um passo e ficas livre.
MARGARIDA
Se tivessemos
Passado aquelle monte! Numa pedra