idiotas quanto os anteriores; consolando-se com a tolice do "Deus é brasileiro", e a tolice ainda maior do "plantando dá" — porque sem matar a formiga do imposto que recai sobre a produção, de nada adianta plantar nem dar — essa formiga come tudo.
E "consolado" de que maneira? Ao modo dos "maniacos" do alcool, do opio ou da cocaina", responde o grande Rui.
Rui, Rui, como foste grande... e inutil! Embrutecido desde os tempos da colonia pelo fisco monstruoso, o país não te leu nem te ouviu — e se te leu e ouviu então foi pior, porque não fez caso de tuas palavras e deixou que os males se fossem agravando. O fisco atingiu as raias da imbecilidade no quinzenio do opio getulino. E hoje, tonto da cocaina patriotica, o Brasil está a dansar uma dansa de cocainomano em torno de uma Constituição já de rabo arrancado, e com sua gente dividida em furiosos "istas", que procuram devorar-se uns aos outros. E a Grande Crise vem chegando, com os dentes arreganhados. E a Grande Fome vai criar a unica fila que nos falta: a fila da sopa. Boa sopa ao menos? Alguma pavesa com um ovo boiante? Nada disso. Agua do Tietê com umas pitadas de sal e tres pedacinhos de pão argentino.
Do fisco monstruoso, tão bem pintado pelo genio de Rui, saiu a pobreza do país, e da pobreza do país sairam todos os males que nos afligem e não terão