S. BERNARDO



I


Antes de iniciar este livro, imaginei construil-o pela divisão do trabalho.

Dirigi-me a alguns amigos, e quasi todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionaes. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira acceitou a pontuação, a orthographia e a syntaxe; prometti ao Archimedes a composição typographica; para a composição literaria convidei Lucio Gomes de Azevedo Gondim, redactor e director do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na historia rudimentos de agricultura e pecuaria, faria as despesas e poria o meu nome na capa.

Estive uma semana bastante animado, em conferencias com os principaes collaboradores, e já via os volumes expostos, um milheiro vendido graças aos elogios que, agora com a morte do Costa Brito, eu metteria na esfomeada Gazeta, mediante lambugem. Mas o optimismo levou agua na fervura, comprehendi que não nos entendíamos.