— É certo, pois, sr. ajudante, que afinal romperam os de Olinda?

— Donde o sabe? atalhou o Negreiros tomando a nova ao sério e já alvo roçado com o prazer de espatifar os do levante.

— Agora vejo que me enganei. Ao chegar, dando com toda esta azáfama da gente de El-Rei, devia pensar que os nobres tinham assaltado a casa do meu parente Simão Ribas!

— O caso não é para chascos, nem eu sou homem para eles, bem o sabe o senhor! replicou o ajudante com cenho de ameaça.

— Que se há de fazer à comédia, senão rir dela? Esbarra-se a gente no caminho com um ferrabrás de espada desembainhada, a esgrimir contra os telhados, dando caça a um pirralho: e quer o sr. ajudante que se fique sério como um burlão?

— Sr. Vital Rebelo! exclamou o capitão aceso em ira.

— Sr. Ajudante Negreiros! disse o seu interlocutor sem alterar-se, como se respondesse a uma benévola interpelação.

A ponto sobreveio um lance para atalhar a disputa que prometia azedar-se; e foi que a janela do sótão abriu-se de supetão e dela espirrou o Nuno acossado por um inimigo que lhe tomara a retaguarda. Mal saltara o rapaz