Assim, agachado entre o mata-pasto, com os olhos naquela bendita aparição esteve bom pedaço. A saia tinha-se entrouxado perto das marmitas; e pelo movimento destas, assim como pelo chiar do punhado de palha e coaxar d'água, parecia haver ali uma lavagem de panelas.

De repente o poeta começou a tremer; batia-lhe o coração com palpitações violentas.

Dera causa a essa repentina comoção um novo incidente. Observara o Lisardo que dois tornozelos pretos e suas competentes canelas moviam-se debaixo da tal saia, na direção da cerca, onde havia uma portinha para o mata-pasto, bem defronte do nosso rimador. Em sobressalto, lançou ele os olhos ao redor para ver se o espreitavam e escondeu-se por trás das moitas.

A faxina da porta entreabriu-se. Uma preta de meia-idade, que tinha jeitos de cozinheira, estirou o pescoço pela fresta e olhou para fora. Não vendo o que esperava ia a recolher, quando ouviu rumor na moita e cuidou ver um vulto agachado. Logo após soou um psiu baixinho, e logo outro mais alto; afinal animou-se a aparecer o nariz do poeta e a mão do mesmo acenando.

Poupo ao leitor os trejeitos, negaças e requebros