acompanhara a amiga e por cima do ombro a ajudava a soletrar as palavras escritas em bastardinho.

Estavam ambas trêmulas e com as faces a arder; principalmente a que tinha de fazer a leitura.

Não era qualquer bagatela esta exibição. A travessa Marta não sentiria tão grande acanhamento, se mocinha de hoje, no dia seguinte ao deixar o colégio e as calças curtas, fosse obrigada a cantar em sala de baile a mais difícil cavatina de Rossini.

Decorrido o tempo necessário para que as duas meninas soletrassem todas as palavras e chegassem ao fim do papel, a Rufina interpelou a filha:

— Anda, menina!

— Senhora mãe!... balbuciou Marta.

— Lê!

— É uma cousa muito feia!

— Mas o que é? perguntaram as outras tinindo de curiosidade.

— Eu não sei!

Que fazes ai com os olhos no papel?

— Lê tu, Belinhas!

— Eu! Deus me defenda!

— Marta, deixa-te de dengos. Lê, que te mando eu.

Quis obedecer a menina; mas a palavra que lhe