a religião do juramento. Ora, Eduardo tinha dado a sua palavra de honra a Roberto, tinha-lhe mesmo jurado pelas cinzas de seu pai, que nunca serviria de estorvo ao seu enlace com Paulina.
Esta cruel situação o acabrunhava, e por mais esforços que fizesse, não podia dissimular sua tristeza e abatimento aos olhos dos que com ele tratavam, e como a ninguém comunicara ainda a causa de seus desgostos, mais o afligia ainda o pensar que todos haviam de atribuí-los ao pesar de se ver traído por Lucinda.
Sua estada na Franca tornara-se-lhe insuportável; seu coração o chamava para a Uberaba e para a fazenda de Joaquim Ribeiro; mas que iria ele lá fazer, senão avivar suas mágoas vendo de perto um paraíso, donde um ente insignificante, um estólido trambolho, ou antes sua tola confiança em uma mulher o tinha expelido para sempre. E quem sabe se o amor que havia inspirado a Paulina duraria ainda, e se ela já não estaria para sempre unida ao lorpa do primo?
Mas também, pensava Eduardo, bem poderia acontecer que Paulina, a qual segundo tinha observado nenhuma inclinação sentia por seu primo, se recusasse obstinadamente a dar-lhe a mão de esposa, e que nesse caso Roberto desenganado e sem esperança, apesar