da sua sandice não pusesse dúvida em desobrigá-lo de um juramento, que em nada lhe poderia aproveitar.
Assim passou Eduardo mais de um mês com o espírito agitado ao embate de encontrados pensamentos, pondo a imaginação em torturas em busca de um meio, que o arrancasse daquele estado de irresolução e tristeza que o acabrunhava. Sua mãe, que na maior inquietação assim o via cada vez mais preocupado e abatido, procurava em vão consolá-lo e distraí-lo: mas ela também como os demais ignorava ainda a verdadeira causa da contínua preocupação e tristeza de seu filho.
– Arre também com isso, Eduardo! – disse-lhe ela um dia em tom de branda repreensão; – não mostrarás um dia que és homem? já vou perdendo a fé contigo... Teus irmãos estão casados uns e outros espalhados por esse mundo; restavas perto de mim somente tu para consolo e amparo de minha velhice; mas infelizmente vejo que também não posso contar contigo...
– Ah! minha mãe, não fale assim; por que motivo?...
– Porque pensei que eras gente, que tinhas coragem e juízo. Agora vejo que não passas de um maluco e um moleirão; que não tens timbre, nem disposição