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O delíquio de Paulina durou cerca de um quarto de hora.

Quando voltou a si e abriu os grandes e negros olhos, encontrou o rosto de Eduardo que, bem próximo ao seu, quase que a bafejava, observando-a com ansiosa inquietação enquanto o pai com os braços a sustinha sobre a cadeira.

– Ah! o senhor ainda está aqui! – exclamou ela, tapando os olhos com a mão. Sr. Eduardo... por piedade! fuja, fuja... não posso vê-lo!...

– Desastrado aparecimento o deste homem hoje! – refletia o amargurado velho. – Mas porventura posso me quei­xar dele?... tem ele a culpa de nada?... Infeliz Paulina!...pobre de minha filha! tão boazinha, tão linda, tão criança, e já sabendo o que é a desgraça... e mais desgraçado de mim ainda, que nada posso fazer por ela!... Só esse homem,