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Viva ela enganada por algum tempo; que mal faz isso? depois quando estiver mais forte e bem disposta, com vagar e cautelosamente a irei desenganando.

– Ah! senhor Ribeiro, não sou capaz de enganar a nin­guém, quanto mais a ela. Se me permite, irei dizer-lhe toda a verdade; irei dizer-lhe, que a amo muito... que a maior, a única felicidade minha neste mundo depende dela...

– Deveras, senhor Eduardo?... atalhou o velho com alegre sobressalto, – que estou eu ouvindo?... então a quer bem?...

– Muito, senhor Ribeiro, muito! mas... de que serve?...

– De que serve?!... não compreendo tal pergunta...

– E o juramento...

– Pelo amor de Deus, não me fale em tal juramento! Vamos, meu amigo, continuou Ribeiro com alegre sofreguidão, – vamos visitá-la.

Ribeiro tomou o moço pelo braço, conduziu-o até a porta do quarto de Paulina, que se achava sentada sobre a cama, impeliu-o de manso para dentro dizendo a sua filha: – Paulina; aqui está o sr. Eduardo, que vem fazer-te uma visita;– e retirou-se.

O bom do velho, ao saber que Eduardo adorava