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sua filha, e que nenhum impedimento havia mais para que se casasse com ele, exultava de contentamento, e tinha como já realizada a cura e a felicidade de sua filha. Quanto ao juramento, esse não lhe dava muito cuidado, porque não fazia idéia da importância que Eduardo ligava a ele, do fanático aferro e tenaci­dade de paulista com que guardava um juramento.

– Ah! é ele! é ele ainda!?.. exclamou a moça apenas avistou Eduardo, – que vem fazer aqui este homem?...

– Não lhe dizia eu? – disse Eduardo para o pai de Paulina, que se ia retirando, – a minha presença a incomoda.

– Não creia tal; – disse-lhe o velho em voz baixa;– deixe-se ficar por algum tempo, tenha paciência. Minha filha, continuou voltando-se para Paulina; – o sr. Eduardo não te quer fazer mal algum; ele te estima muito, e não procura se­não meios de salvar-te. Ditas estas palavras o velho retirou-se.

– Salvar-me ele! exclamou Paulina com um ar de insânia e um sorriso indizível. Tomara eu que ele me salve de si mesmo! aqui não há nenhuma onça, e é só das onças que ele sabe me salvar.

– Quem sabe, d. Paulina? – disse Eduardo com