é um estonteado, e tem cabeça dura. Roberto há de se casar comigo, ainda que seja à beira da sepultura.
Nesse momento ouviu-se rumor de falas na varanda. Era Roberto que chegava com o médico. Eduardo tomou a mão de Paulina, e beijou-a ternamente; esta respondeu-lhe apertando estreitamente a dele e cravando-lhe um olhar, que continha um treno de ternura, de amor e de sofrimento. Seu espírito começava a serenar-se; sentia inefável prazer em saber que era amada por aquele que seu coração escolhera, e nesse momento de gozo ficaram adormecidas todas as suas mágoas e inquietações, todos os seus sofrimentos físicos e morais.
– Ora pois! – dizia ela consigo, graças ao céu, um momento sequer já fui feliz em minha vida. Agora só me resta resignar-me para sofrer e morrer!