pobre moça, que ali jaz penando no fundo de uma cama...
– Pior ! – interrompeu Roberto com impaciência;– cada vez o entendo menos. Deixe-se de rodeios, senhor Eduardo; desembuche, que estou ardendo por saber que alhada é essa.
Roberto já se achava com uma terrível predisposição contra Eduardo, e por isso o recebia, como se costuma dizer, à ponta de baioneta.
– Se soubesse que estava de tão má disposição, e se não fosse tamanha a gravidade do caso, não o incomodaria...
– Não senhor; não há de me deixar assim com a pulga na orelha; já agora diga ao que veio...
– Prontamente; vou-lhe explicar tudo em palavras bem poucas e bem claras. Saiba, senhor Roberto, que não é por vontade dela, que sua prima vai casar-se com o senhor.
– Não é por vontade dela! – exclamou Roberto arregalando os olhos, cruzando os braços e dando dois passos para trás; – e quem lhe meteu essa nos cascos, senhor Eduardo?...
– Ela mesmo, senhor Roberto; neste instante acaba de mo dizer.
– Fora com essa!... vá pregá-la mais adiante, que aqui não pega. Ainda ontem ali ela me deu o