havia seduzido e roubado. Mas não lhe era isso possível, e contentava-se em dirigir súplicas ao céu, e fazer promessas a Nossa Senhora Mãe dos Homens para que lhe restituísse a filha.
Nas selvas Jupira cresceu linda e garbosa como a palmeira das campinas, mas esquiva e soberba como a ema, rainha dos chapadões. Suas graças fascinaram as vistas de todos os jovens bugres, que a seguiam, admirando-a e adorando-a como a um manitô caído do céu; mas a nenhum deles foi dado colher aquela peregrina flor das selvas. Baguari era chefe de uma forte e numerosa horda estranha. Encontrando-se com o bando de Jupira, encantado de sua beleza, abandonou os seus para segui-la.
Mas Jupira fugia dele como a tímida lontra foge do jacaré, ou como a pomba se esconde do gavião. Era à sombra de sua mãe que vinha arquejante e espantada como a caça acossada pelo jaguar, abrigar-se das perseguições do cacique. Temerosa de cair-lhe nas garras a menina mal ousava arredar-se alguns passos da companhia dos seus.
Os outros bugres pretendentes aos favores de Jupira, que sabiam das intenções de Baguari, furiosos de raiva e de ciúme, e não ousando opor-se de viva força ao possante cacique, ainda que desejassem devorar-se uns aos outros, uniam-se para fazer face