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quero que ele morra. Sou uma fraca mulher; o pulso do homem é mais firme e certeiro. Não pode morrer por minha mão, vá ao menos a minha faca beber-lhe o sangue.

Quirino olhava espantado para a cabocla sem saber que responder-lhe.

– Não tem ânimo?... disse ela resolutamente; então adeus, moço; não me apareça mais aqui...

– Mas, Jupira! – disse o mancebo hesitando – eu... não sei... matar uma pobre criança!... é uma barbarida­de... oh! isso nunca!

– Ah!... é assim que me quer bem? que me importa!... se o senhor não tem ânimo, não faltará quem o mate, e ele há de morrer mesmo, e eu nunca hei de ser sua.

– Nunca! ah! Jupira! Jupira! que palavra cruel! moça!... ah!... não me ponha a perder... eu perco o juízo!

– Vai, ou não?...

– Jupira...

– Eu juro que hei de ser sua, sua para sempre, moço.

– Jupira!...

– Hei de amá-lo tanto, com odeio a Carlito.

– Jupira! – ... ai!... eu perco a cabeça...

– Vá, vá; eu juro, que hei de ser sua; vá... e