Eduardo livrando a filha do fazendeiro das garras de um animal feroz, sem querer a tinha entregado indefesa nas mãos de um algoz talvez ainda pior, – a uma forte e irresistível paixão. A onça a teria estrangulado em poucos instantes; mas a paixão enleando-se astuta e sutilmente como uma serpente em torno de seu coração, nele distilava gota a gota toda a sua mortífera peçonha.
O caráter melancólico e apaixonado de Paulina, a solidão plácida, porém monótona e triste em que vivia, sua imaginação viva inflamada pelos raios daqueles vagos horizontes uberabenses, cujas linhas se perdem indecisas por longes fumacentos, tudo contribuía para que suas impressões fossem vivas e enérgicas, seus sentimentos profundos e cheios de