lançando a Eduardo um rápido olhar – que dia aziago este de hoje!
Roberto desconcertado, com os olhos baixos e como que corrido nada respondia a sua prima, e não sabia o que devia dizer, nem fazer. O infeliz até mesmo em seus furores sofria os mais estranhos e cruéis desencantamentos.
– Que é lá isso, senhores? – gritou da varanda o pai de Paulina, que observara aquele alvoroto. – Menina, o que andas fazendo no meio desse curral cheio de gado bravo e espantadiço? Sr. Eduardo, recolha-se também; olhe que este sereno não lhe pode fazer bem.
Roberto entendeu, que devia escoltar sua prima, e conduziu-a para casa. Eduardo acompanhou-os e deixou-se ficar na varanda, enquanto Paulina retirando-se para seu aposento foi devorar em segredo sua angústia e desesperação, e ensopou de lágrimas o travesseiro, por não ter um seio amigo em que pudesse derramá-las.
Tinha no coração amarguras a transbordar, e as lágrimas que chorava, lágrimas de fel e fogo, não podiam aliviá-lo. Era desgraçada e não tinha a quem lançar a culpa de sua desventura, senão ao destino ou ao céu que trazendo ali aquele mancebo em tão fatais circunstâncias viera como que de propósito e