cypreste, arvore funebre, de que todavia alguns exemplares poderia enxergar no cemiterio dos Prazeres, que aliás menciona. Quanto á palmeira, que é realmente uma bella arvore ornamental, Maximiliano deveria saber que essa arvore é filha dos climas orientaes, e que só exoticamente vegeta nos paizes do occidente.
Depois de poucas linhas consagradas á impressão geral que lhe causára o panorama de Lisboa, Maximiliano principia logo a descrever o interior da cidade.
Quanto ás ruas e ás praças, o testemunho do archiduque é-nos mais favoravel.
Falla de longas ruas regulares e bellas praças como não ha muitas nas capitaes europêas. «A Praça do Commercio é verdadeiramente magnifica, o centro da cidade nova; todos os seus edificios são uniformemente construidos em estylo neo-romano, e de uma brancura deslumbrante (éblouissante). Muitas largas ruas parallelas confluem perpendicularmente a esta praça: as mais bellas são a rua Augusta e a rua Aurea.»
Chamar o centro da baixa ao Terreiro do Paço é uma liberdade de poeta e de... principe, pois que uma e outra coisa era Maximiliano.
Á rua da Boavista chama-lhe de Buanavista, e menciona-a talvez pela circumstancia de conduzir ao palacio das Necessidades, onde a rainha D. Maria II habitava.
«N'estas diversas ruas encontram-se vastos edifi-