MAXIMILANO EM PORTUGAL
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tos queridos. Os romanos davam o nome de Columbaria aos nichos, abertos nas camaras sepulchraes, onde cabiam duas urnas com cinzas, á semelhança de dois pombos em um ninho. D'aqui a origem da palavra, que poderiamos traduzir por pombaes dos mortos. Sem embargo havia tambem em Roma os sepulchros faustosos, de dois e tres andares. Mas o que da civilisação dos romanos poderiamos adoptar era o systema da incineração. Emquanto o não fazemos, o meu ideal de cemiterio é muito mais exigente em simplicidade que o ideal de Maximiliano. Ha vinte e um annos publiquei n'um poemeto infantil, que Castilho se dignou prefaciar, o bosquejo de um cemiterio verdadeiramente christão, segundo o meu ideal:

D'aldeia o cemiterio era modesto,
 Sem pompa e sem lavores:
Ao centro, a cruz a dominar c'os braços
O recinto dos mortos e os espaços...
 De resto... algumas flôres!

Isto, ou então os tumulos aereos da Australia, que o infeliz poeta portuense Pedro de Lima descreveu por esse tempo:

São bellos os tumulos
D'Australia, suspensos
Nos plainos immensos
Á beira do mar.
Alli o cadaver
Pacifico dorme
E a lua—olho enorme—
O vem contemplar.