d'aquella mulher, com que estava em peccado, el-rei lhe mandou que se fôsse fóra de seu reino. Contam mais que a condessa se tornou para França, deixando-lhe um filho que trazia, segundo a opinião de alguns; e outros diziam que o tornou a levar, e de lá o mandou depois a Portugal.»
Aqui é que bate o ponto.
O facto era importante como questão politica: tratava-se da successão á corôa. Uns davam razão ao rei; outros á condessa de Bolonha. E discutia-se a hypothese de existir um filho do primeiro casamento de D. Affonso III; fallava-se muito de um menino que viera de França.
Duarte Nunes de Leão trata de desmentir a lenda com documentos e razões chronologicas. Mas a lenda enraizou-se e floresceu em Portugal, a ponto de sobreviver ao menino que viera de França, e que teria morrido de morte natural ou violenta.
O povo, pelo que se infere de Duarte Nunes, acreditava que o menino estava sepultado na igreja de S. Domingos.
Diz a chronica:
«E para que a gente vulgar, que não se move tanto por razões, quanto pelos sentidos de vista e ouvida, se satisfaça, é necessario declarar-se que sepultura era a de S. Domingos de Lisboa, em que havia fama no povo que estava enterrado um menino filho da condessa Mathilde e d'el-rei D. Affonso seu