JUIZOS CRITICOS

que comprehendeu o escriptor, traduzindo o seu sentimento, sem se atolar no inevitavel, muita vez, das comparações campanudas e confrontos imbecis.»

HUMBERTO DE CAMPOS:

«Lima Barreto conquistou nas letras brasileiras, desde a publicação das «Memorias de Isaias Caminha», um lugar de relevo entre os nossos romancistas de costume.»

LUIZ DE MORAES:

«Apezar das hostilidades surdas do ambiente, apezar da indifferença publica pelas coisas intellectuaes, Lima Barreto dedicou-se, com toda a sua alma e com todo o fulgor do seu espirito. ás suas novellas. Todo o publico do Brazil que lê, conhece e admira essas paginas repletas de «humour» e de observações amargas e ironicas. «Clichés» magnificamente nitidos da vida carioca, onde todos nós reconhecemos os typos preciosos da nossa pequena e pedante burguezia, com os seus ridiculos ingenuos e as suas virtudes, os romances de Lima Barreto são bem e, eminentemente, brazileiros.»

MURILLO ARAÚJO:

«Euclydes da Cunha ameaçou os malvados combatentes de Canudos com a Historia e por meio delia vingou-se delles; o admiravel escriptor do «Isaias Caminha» fez o mesmo com os combatentes florianistas. Agora Euclydes era o nevrotico de nobre estylo, escrevendo em cachoeira — torrente em febre, impetuos amentecantando ou antes ugindo; Lima Barreto tem a expressão de uma agua immota, mais clara, mais serena, ás vezes mais profunda, espelhando as cousas exactamente como são.»

NESTOR VICTOR, de um trecho de carta:

«Teu livro faz inveja a um homem, meu Lima Barreto. E’ dos que os vindouros hão de por força procurarem para conhecerem, sorrindo commovidos, o que já se passou. Lembra lagos candidos, mas profundos, reflectindo paisagens e céos.

Tu, Lima, és bem irmão dos teus irmãos fluminenses, dos Manoel de Almeida, dos Joaquim M. de Macedo, dos Machado de Assis