Escola Politécnica do Rio de Janeiro! Nenê, como te amo! Socorre-me nesse transe, como me vais socorrer a vida toda! A mulher foi feita para sustentar homem... Aquele burro do Comte! Era por isso que ele detestava a geologia, a paleontologia! Burro! Nenê!... E não é que estou mesmo parecendo o Paulo, o tal da Virgínia? Ora bolas!

Adiante:

“II — Amigo meu e consumado sábio, J. C. Kramer, exímio geólogo e professor da mesma cadeira da Harvard University, usa, em conversa comigo, há dias, no Museu de História Natural desta capital — conversa amável de sábios —, comunicou-me que, há tempos, por ocasião de estudar, no Rio de Janeiro, a ‘hipótese da glaciação do Brasil’, de Agassiz, observou vegetando nesta cidade de assaz estranha casta de tortulhos — a que as crianças chamam ‘mijo-de-sapo’ e ‘orelha-de-burro’ que ele julgava, apesar do disparatado dos caracteres, exemplares da flora do período triássico da época secundária.

“Óbvio será dizer-vos, senhores acadêmicos, que uma tal comunicação me encheu de imenso júbilo, patriótico e científico.

“Cavaqueando comigo o doutor Kramer, da Harvard University, usa, admirava-se, sorrindo com mofa e desculpando-se amável, que, vivendo os tais cogumelos tão próximos dos nossos estabelecimentos de ciências, não houvéssemos ainda notado a sua singular estrutura. É bastante explicável — desculpava-se agora mal — vosso país é muito novo. E, na continuação da palestra, não se media, às vezes, de contentamento e satisfação. Deixava sempre transparecer nesses sentimentos a utilidade científica da perspicácia e sutileza do sábio yankee; e o que parecia acrescer ainda mais a sua maligna satisfação, era que tais Agaricus fossem além dos nomes das crianças que tinham, também conhecidos vulgarmente por ‘diletantes’, nome que, dado o seu explicável e previsto mau ouvido para as línguas do sul da Europa, creio tratar-se de ‘dile