ttanti’.”

Nisto, o José chega à porta do gabinete do sábio Alexandre e grita:

— “Seu dotô”! O almoço na mesa!

— Oh! Já?

Olhou o relógio na parede e concordou:

— Você tem razão... É verdade! Já são dez horas... Almoço, vou ao museu, consulto as notas da besta do Kramer e, antes do fim do mês, tenho a “pequena” e o resto... E, se alguns céticos, pessimistas e despeitados disserem que a ciência, no Brasil, não leva longe, não dá fortuna, independência, eu posso dizer bem alto: aqui estou eu!

E bateu, com força, no peito, como se dissesse para a escolta do fuzilamento: atirem que eu não preciso de ficar amarrado, nem vendado. Sei morrer!

No dia seguinte, completamente armado com as notas do famoso geólogo yankee, o notável brasileiro Alexandre Ventura Soares, homem grave e sábio, tanto mais grave e mais sábio por ser jovem, continuou a sua memória casamenteira assim:

“III — O habitat de tais ‘orelhas-de-burro’, como lhes chamam as crianças do Rio de Janeiro, é um barracão úmido e quente que fica ao sopé do morro de Santo Antônio, no centro da cidade, e serve as mais das vezes de depósito de jornais europeus de modas e joias de aluguel que correm, em vários corpos, as capitais de segunda ordem do globo, exibindo-as como riquezas próprias.”

— Diabo! exclamou Soares, compulsando as notas. Este Kramer tem cada ideia! Isto é impossível! Adiante, pois é preciso! Enfim ponho umas aspas e vai a coisa por conta dele:

“Convém — e com humildade vos peço, senhores acadêmicos — que vos esqueçais (não fôsseis Esquecidos) das mais comezinhas noções de botânica, pois o nosso excêntrico sábio vai desvendar órgãos pouco fáceis de aceitar em ‘mijos-de-sapo’.”

— Está salva a minha responsabilidade, monologou o notável preparador do Museu de História Natural. Vamos! É