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HORTO

Ella beijou-me a fronte docemente
E a sua voz em lagrimas ungida,
Disse baixinho, dolorosamente:
« Vai ver no Céo a tua mãe querida. »

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Eu espero por ti ha tantos annos,
O’ mão piedosa que me abençoaste!
Todos os dias chegam desenganos
E ao lar deserto nunca mais voltaste!

15 de Janeiro de 1898.