—Ah! este também é doutor, disse Pereira com certo orgulho por hospedar em sua casa sabichão de tal quilate.

—Oh, doutor? doutor!? Muito bem, muito bem. Doutor que curra ?

—Sim, senhor, respondeu com gravidade o próprio Cirino.

— Ah! ... Ah! muito bem.

Pereira, porém, voltara à carga.

—Mas, como é que o sr. se chama?

—Meyer, respondeu o alemão, para o servir.

—Mala ? perguntou o mineiro.

— Não, senhor, Meyer; sou da Saxônia, da Alemanha.

—Isto deve ser o mesmo que Maia na terra dele, observou Pereira, abaixando um pouco a voz.

O camarada José, no entretanto, trouxera para dentro todas as malas e canastras e sem-cerimônia alguma intrometeu-se na conversação.

—Este Mochu, disse, vem de muito longe só por causa destas historias de borboletas, e com o negócio ganha coco grosso... Quanto a mim

— Juque, atalhou Meyer com fleuma, vai bota os animais no pasto.

—Não, disse Pereira, solte-os no terreiro até raiar o dia, roerão o que acharem; há por aí muito resto de milho nos sabugos...

—Pois é o que fiz, declarou o camarada; mas como lhes dizia, sou