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d'agua, os frutos silvestres, os favos de mel e o vinho de cajú e ananaz.

Depois a virgem entrou com a igaçaba, que na fonte proxima enchera de agua fresca para lavar o rosto e as mãos do estrangeiro.

Quando o guerreiro terminou a refeição, o velho Pagé apagou o cachimbo e falou:

— Vieste?

— Vim: respondeo o desconhecido.

— Bem vieste. O estrangeiro é senhor na cabana de Araken. Os tabajaras tem mil guerreiros para deffende-lo, e mulheres sem conta para servi-lo. Dize, e todos te obedecerão.

— Pagé, eu te agradeço o agasalho que me deste. Logo que o sol nascer deixarei tua cabana e teos campos aonde vim perdido; mas não devo deixa-los sem diser-te quem é o guerreiro, que fiseste amigo.

— Foi a Tupan que o Pagé servio: elle te trouxe, elle te levará. Araken nada fez pelo seu hospede; não pergunta de onde vem, e quando vai. Si queres dormir, desção sobre ti os sonhos alegres: si queres falar, teo hospede escuta.

O estrangeiro disse:

— Sou dos guerreiros brancos, que levantaram