Al-muulin fitára nelle um olhar de girifalte, e nos labios vagueava-lhe um riso sardonico e quasi imperceptivel.
Os pergaminhos eram varias cartas dirigidas por Abdallah aos rebeldes das fronteiras do oriente, os Beni-Hafsun, e a diversos cheiks berebéres, dos que se haviam domiciliado na Hespanha, conhecidos pelo seu pouco affecto aos Beni-Umeyyas. O mais importante, porém, de tudo era uma extensa correspondencia com Umeyya-ibn-Ishak, guerreiro celebre e antigo alcaide de Santarem, que por graves offensas passára ao serviço dos christãos de Oviedo e Asturias com muitos cavalleiros illustres da sua clientela. Esta correspondencia era completa de parte a parte. Por ella se via que Abdallah contava não só com os recursos dos mussulmanos seus parciaes, mas tambem com importantes soccorros dos infiéis por intervenção de Umeyya. A revolução devia rebentar em Cordova pela morte de Al-hakem e pela deposição de Abdu-r-rahman. Uma parte da guarda do alcaçar de Azzahrat estava comprada. Al-barr, que figurava muito nestas cartas, seria o hadjeb ou primeiro ministro do novo kalifa. Alli se liam, emfim, os nomes dos principaes personagens implicados na revolta, e todas as circumstancias desta eram explicadas ao antigo