Devia, por conseguinte, o noivo de minha filha ser um oficial de marinha em serviço ativo, e homem forte. Mas, como a força física não basta para conquistar um amor complexo, e para manter no mesmo grau de entusiasmo o enlevo poético de uma mulher de certa ordem, era preciso que o meu oficial de marinha, além de são e possante, fosse inteligente, honesto, simpático e carinhoso.
E encontraria eu um sujeito nestas circunstâncias, capaz de amar minha filha?...
Por que não? Palmira tinha dezoito anos, era bonita e perfeita, bem educada, inteligentezinha, e com um dote animador. Seria possível que não houvesse por aí um rapaz pobre, naquelas condições, que se apaixonasse por ela, encaminhando eu as coisas com certo jeito?
Pus mãos à obra: comecei a procurar o meu homem. em breve, porém, convenci-me de que sozinha não daria conta do recado, e lembrei-me de pedir auxílio ao meu amigo, o Dr. César Veloso, de quem já prometi falar.
Cumpra-se esta promessa antes de mais nada; César Veloso era então um belo velho de cinqüenta a sessenta nos, médico, abastado, viúvo,