me separei de Palmira, encerrei-me no quarto e chorei copiosamente. Por quê? Não sei dar a razão; só afianço que um doloroso sobressalto se apossou de mim, e uma dura e fria tristeza, tristeza de velho, encheu-me o coração e escureceu-me a vida.
Procurei consolar-me, refugiando-me na idéia da felicidade de minha filha. Ah! pobres corações de mãe! pobres corações, que tanto sofreis para depois ainda mais vos amesquinhardes, chorando sob o peso infamante e ridículo desta terrível palavra — Sogra!
E apressei-me a procurar o meu amigo. Fui logo no dia seguinte à casa dele. César, ao receber-me, percebeu a minha tristeza; compreendeu-a talvez. Mas não me disse uma só palavra a respeito dela; apenas tomou-me a mão e afagou-a entre as suas, como de costume.
Para bem nos entendermos, os dois, bastava-nos o olhar!
Assentei-me junto à secretária, bem perto da sua cadeira e, em voz baixa e comovida, dei-lhe parte de tudo, e concluí, pedindo-lhe que viesse à minha casa na próxima