Estávamos a sós, na biblioteca, lá em casa. Aproximei-me mais do meu velho amigo, com interesse; e ele acrescentou, dando com ambas as mãos duas palmadas simultâneas nas próprias coxas:
— Um rapagão, Olímpia! o que se pode chamar um rapagão! Equilíbrio perfeito entre o sistema nervoso e o sistema muscular! Órgãos em belo estado de pureza! Uma autópsia seria a mais esplêndida vitória para as suas vísceras! Devia deixar-se dissecar, por orgulho!
— Então, César!... Fale a sério, meu amigo!
— Não lhe descobri o menor vício no organismo. Os pulmões são os de um ferreiro; o coração funciona como um Patek Philippe; o fígado não parece fígado nacional; os rins fariam inveja aos de um atleta! Tórax soberbo; bíceps de gladiador! Em minha presença manejou, com a maior facilidade e destreza, halteres de trinta quilos cada um!
— Sim?...
— É o que lhe digo! E a conformação geral do corpo, esteticamente falando, é