e bandolim. Dois anos depois morreu-lhe o pai em completa miséria.

Alguns quadros, e outros objetos que deixou, foram vendidos para pagar o enterro e o último mês de tratamento em uma casa de saúde. Aos vinte anos entrou Leandro, como amanuense, para a secretaria, onde era segundo oficial quando pretendeu minha filha.

Não me souberam informar se foi bom filho, não descobri quem era ao certo o tal padrinho, que o mandou a educar em Londres, nem tampouco a razão por que este, homem rico naturalmente, o protegeu tanto em vida, sem dele se lembrar depois no testamento; afiançaram-me, porém, que Leandro era moço de bom caráter, regularmente estimado, e que havia rejeitado casamento com a filha de um negociante forte, mas rapariga feia e pretensiosa. Não me constou também que se desse ao jogo, tampouco ao álcool nem fizesse loucuras por mulheres de má vida. Descobri que ultimamente morava ele, havia um ano, numa casa de família honesta, que lhe alugava um quarto; e soube que tinha um amigo íntimo, com quem era visto sempre aos domingos no clube ginástico a que ambos