ajoelhar-me à sombra das velhas árvores, e chorar.

Como eu te amava ainda, casto paraíso das minhas saudades! Ó minha querida floresta! Não tinhas, como eu, envelhecido, odorante e sombrio templo de verdura! encontrei-te moça e garrida como te deixara, e como a mim tinhas visto, dantes, muito dantes, à flor da minha juventude; o que agora te não achei foi tão minha amiga, tão minha confidente e tão comunicativa como dantes. Eras alegre, paraíso! achei-te triste!

Não! já não eras para mim o mesmo éden carinhoso e sorridente, que com todas as tuas vozes me falavas de amor e de vida! Reconheci as tuas místicas estradas murmurantes; os teus brancos caminhos serpeados entre montanhas de veludo verde; as tuas árvores patriarcais, de longas barbas venerandas, em que se engrimpam e dependuram orquídeas e parasitas; o teu lago quieto e melancólico, em que as taquaras e samambaias se miram furtivamente, por entre a esparsa e mergulhada cabeleira das algas e nenúfares; reconheci a música plangente das tuas águas rebatidas, de cascata em cascata, a