a sua cabeça com a dele. O casamento seria talvez suportável, se a esposa compreendesse esta verdade, mas em geral a mulher casada, nem só pretende alcançar a estatura oficial do marido, como ainda quer excedê-la na consideração pública. Nada há mais intoleravelmente ridículo do que a mulher de um homem ilustre possuída da sua alta posição, quer dizer, da posição que lhe reflete o marido, porque ela só por si nada representa. E, ah! quanto isto é freqüente nesta nossa sociedade! quanto é freqüente o orgulho em pobres criaturas casadas com altos indivíduos, que todavia são, pelo seu lado, o mais singelo exemplo da modéstia!
Com a amante não há receio que aconteça o mesmo. Esta, não podendo acompanhar o amigo nos vôos empreendidos pela conquista da glória, porque a sociedade não lho permite, deixa-se ficar cá embaixo, no lar, reduzida ao papel de caseira, e com isso tem garantido a sua felicidade e a dele.
Conclui-se pois que um amante é mais apto que um marido para fazer a felicidade da mulher; e então, uma vez que minha filha não tivesse de viver eternamente só,