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Aos vinte e três anos de idade por grandes que sejam os dissabores e desenganos, ninguém pode impor às suas próprias paixões que se não agitem. O coração, como o cérebro, rege-se por leis impreteríveis. Ora, a primeira, ao menos, uma das principais dessas leis é a linguagem prática da força, resistência às adversidades, confiança no volver dos dias, esquecimento das dores passadas, fé - não encontro outra palavra que tão bem designe o poder de não cair aos golpes dos acontecimentos, e de arrostá-los com intrepidez - fé nas energias físicas e nas aspirações espirituais, que diz interiormente, com acentos proféticos: — Não esmoreças, não enfraqueças. És moço, resiste, vence as dificuldades; luta com as resistências que se atravessam. Não vês no mundo, no passado, na história, nos teus dias, não vês os moços dominando terríveis oposições,