para escolha do governador, depois da fuga de Sebastião de Castro Caldas. D. João V percorrera com a vistas algumas das cartas, em que pelo miúdo se referiam, a importantes pessoas do reino, palavras dos nobres, reveladoras do intento de realizar essa independência. De feito, este intento já expresso em 1650, quando a coroa esteve para abandonar a colônia à sua própria sorte, em 1710 teve ainda mais positiva afirmação. Pedro Ribeiro da Silva, capitão-mor de Santo Antão, João de Barros Rego, capitão-mor em Olinda, João de Freitas da Cunha, mestre de campo, Bernardino Vieira de Mello, sargento-mor, enfim a principal nobreza opinara pela separação. Bernardino Vieira chegara a propor que se declarasse a capitania em república "ad instar dos venezianos".
O primeiro cuidado de Félix José de Machado depois de chegar a Pernambuco foi estudar o estado dos dois partidos que se combatiam.
Estavam ambos cansados por mais que se inculcassem o contrário. Os mascates, além de cansados, não tinham meios de prosseguir a luta. Em toda a guerra só haviam contado uma vitória - a de Sibiró. Esta mesma teve por principal origem a circunstância de haver o mestre de campo, comandante das tropas da nobreza, jurado ao bispo que em caso nenhum derramaria sangue; era o juramento de entregar-se ao inimigo. A vitória incruenta trouxe grande força moral aos mascates, e até lhes facilitou pelo lado do sul o fornecimento de gêneros,