Página:Lourenço - chronica pernambucana (1881).djvu/277

Vinte e quatro horas antes chegara Lourenço ao sítio do ajudante de tenente Gil Ribeiro, nas Salinas: viera saber o que era feito de Francisco.

O ajudante mal o reconheceu, não porque o rapaz se mostrasse outro no trajar, como quando voltara ao Cajueiro, depois de sua longa ausência, mas porque no rosto cadavérico trazia vestígios de resignada angústia. Os últimos acontecimentos passado ali tinham-lhe deixado no coração grandes estragos que a sua fisionomia indiscreta, sem a escola da hipocrisia, estampava como vago esboço.

Apressara a jornada a fim de atenuar a intensidade da dor ocasionada pela mudança da viúva do sargento-mor; a jornada, porém, por paragens e regiões que lhe eram familiares, pouco ou nenhum alívio trouxera ao rapaz, em quem o ajudante viu