A menina empalideceu, e guardou silêncio.
— Então, Marianinha, que é isso? inquiriu Marcelina. Põe vinho no copo, menina. Não fiques triste. Desta vez há de fazer-se o que tanto desejas.
— À saúde do teu casamento, Marianinha, repetiu Francisco, pondo-se de pé.
E voltando-se para Lourenço:
— Que fazes tu também aí que não despejas logo o teu bacamarte? Queres ou não queres casar com Marianinha.
— Quero, sim senhor. Eu já tinha feito tenção de falar nisto hoje, se vosmecê me desse licença.
— E por que não? Jurei sobre a cova do compadre Vitorino que tu, Lourenço, havias de ser o marido de Marianinha. Chegou a ocasião. Mas... que tens, menina? perguntou Francisco, vendo a afilhada com os olhos cheios de lágrimas. Não chores. A ocasião é para a gente rir.
Lourenço, Francisco, Marcelina e Joaquina levaram os copos aos lábios, e esvaziaram-nos. Somente Marianinha não bebeu.
— Por que motivo não bebes? perguntou Francisco espantado.
— Porque esse casamento não se há de fazer, respondeu a menina, com voz chorosa.
— Estás malucando, menina, tornou Francisco.
Os outros, silenciosos e confusos, cravaram as vistas