VENÂNCIO - A senhora ri? Riamos todos! Também eu rio e da melhor vontade.

ELISA - Pode rir sem temor. Acha que sou deusa? Mas os deuses já se foram. Estátua, isto sim.

VENÂNCIO - Será estátua. Não me inculpe, nesse caso, a admiração.

ELISA - Não inculpo, aconselho.

VENÂNCIO (repoltreando-se) - Foi excelente esta idéia do divã. É um consolo para quem está cansado, e quando à comodidade junta o bom gosto, como este, então é ouro sobre azul. Não acha engenhoso, D. Elisa?

ELISA - Acho.

VENÂNCIO - Devia ser inscrito entre os beneméritos da humanidade o autor disto. Com trastes assim, e dentro de uma casinha de campo, prometo ser o mais sincero anacoreta que jamais fugiu às tentações do mundo. Onde comprou este?

ELISA - Em casa do Costrejean.