BARÃO - Mas o sábio reaparece e enterra o homem. Volto à vida vegetativa... se me é lícito arriscar um trocadilho em português, que eu não sei bem se o é. Pode ser que não passe de aparência. Todo eu sou aparências, minha senhora, aparências de homem, de linguagem e até de ciência...

D. HELENA - Quer que o elogie?

BARÃO - Não; desejo que me perdoe.

D. HELENA - Perdoar-lhe o que?

BARÃO - A incoerência de que me acusava há pouco.

D. HELENA - Tanto perdôo que o imito. Mudo igualmente de resolução, e dou de mão ao estudo.

BARÃO - Não faça isso!

D HELENA - Não lerei uma só linha de botânica, que é a mais aborrecível ciência do mundo.

BARÃO - Mas o seu talento...