lebre e agora era uma estrelinha do céu. O ruido da fonte murmurejando na tardinha dava pro heroi a visagem das aguas do mar. Macunaíma sentou no parapeito da fonte e assuntou os baguais marinhos de bronze chorando agua. E lá na escureza da gruta por detrás da tropilha presenciou uma luz. Fixou mais e distinguiu uma embarcação muito linda que vinha boiando sobre as águas. “É uma vigilenga” murmurou. Porêm a nau vinha chegando cada vez maior. “É um gaiola” murmurou. Porêm o gaiola vinha chegando tão grande tão! que o herói deu um salto sarapantado e gritou na boca-da-noite ecoada “É um vaticano!” O navio já vinha bem visivel por detrás dos baguais de bronze. Tinha o corte da velocidade no casco de prata e os mastros inclinados pra trás estavam cheios de bandeiras que o vento da correria imprensava entre as laminas de ar. O grito chamara os choferes da esplanada e todos curioseavam o gesto parado do heroi e seguiam o risco do olhar dele batendo na fonte escura.

— Que foi, heroi?

— Olha lá!… Olha o vaticano macota que vem vindo sobre as aguas imensas do mar!

— Adonde!

— Por detrás do cavalo de estibordo!

Então todos viram por detrás do cavalo de estibordo o navio chegando. Já estava bem perto e ia passar entre o cavalo e a parede de pedra, já estava na boca da gruta. E era um navio guassú.