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Surge-lhes entâo uma pequena pobresita e andrajosa, e, estendendo-lhes um embrulho, diz-lhes: «Aqui tendes o modêlo da nova bomba que em vão tentastes construir».

Olharam-se estupefactos.

Era um coração.

 

A historia é simbólica.

Na singeleza da crianca, na sua humildade e no seu instinto inculto, havia mais luz do que em tantas cabeças recheadas de sapiência filosófica. Porque essa luz vinha do coração.

Se luz idêntica iluminasse todas as consciências, todas elas protestariam para que em gesto simultâneo de razão, de bondade e desinteresse, todos os ilustres representantes da magistratura, da advocacia e da medicina, assinassem um termo de humanidade, pondo termo a uma acção de violências e a uma violência de códigos que deixam de ser lustre de uma classe e de uma sociedade para serem espinho de injustiça e traço negro de deshumanidade.

Entremos numa era verdadeiramente crista para sairmos de éras verdadeiramente bárbaras, tomando para base de todos os códigos e código de todas as leis o sentimento preclaro e evangélico do coração.