Aos ilustres clínicos
que cooperaram no diagnóstico
da loucura lúcida
 

 

Comentando o lapso clinico no caso de interdição da torturada vítima de uma imaginária demência, longe de mim agredir o brio pessoal, a fama e a reputação profissional de uma classe que tem prestado relevantes serviços á humanidade e à sciência, e de que faz parte o meu único filho que na sua auspiciosa carreira tem ao seu lado as simpatias, o apreço, a invulgar e unánime consideração de quasi todos os seus colegas. E não ha um ano que, em agonias de alma que só corações maternos avaliam, bemdisse com o enternecimento de todo o meu coração, a intervenção clínica dos Snrs. Dr. Júlio Cardoso, Dr. Pinto da Silva, Dr. Giraldes dos Santos e Dr. Teixeira Bastos, da Foz, que com tanta perícia e dedicação, salvaram a vida de meu filho ameaçado de morte eminente em virtude de um horrivel antraz que o ia levando á sepultura.

As fases mais assinaladas da minha vida, estão ligados os nomes de alguns afamados clinicos portugueses que me prestaram, com o eficaz e quasi milagroso concurso da sua bondade, os recursos valiosos da sua sciência.

Ocupam logar de honra nessa ilustre falange os Snrs. Dr. Egas Moniz e Dr. Antonio Fernandes, seu bondoso associado clínico, e aos quais devo muita dedicação, podendo