gunda, o cavalo sentia-se mais fogoso e desinquieto, ameaçando morder o trintanário, quando o marquês se apeou para ir visitar uma senhora das suas relações. E na terceira volta, esquecendo as admoestações do marquês e os conselhos de Hermínia, o cavalo tomou o freio nos dentes, desatando numa corrida louca. O marquês queria moderar-lhe o andamento, mas não era possível porque o cavalo vinha atrás e, apesar dos esforços dêle e do trintanário, tentando ambos suster o veículo, nada conseguiram, sendo arrastados pelo carro contra o seu querer.
Então o trintanário lembrou ao cavalo:
― Deixemos o carro: talvez êle pare.
E, sem reflectirem, foi dito e feito.
O carro então aumentou de velocidade. O pobre marquês pedia socôrro e ninguêm lhe acudia. Por fim, por uma diferença de nível resvalou para a valeta, lançando ao chão o pobre marquês que, indo bater no grosso tronco dum carvalho, ficou com uma perna e um braço em muito mau estado.
Então o trintanário e o cavalo vieram ajuda-lo a levantar-se, e o primeiro perguntava com cerimonioso respeito:
― ¿O senhor marquês fez-se mal?
E o cavalo relinchava desinquieto.
Então Mariana, apoiando-se ao tronco da árvore, erguia-se cheia de cólera, bradando enfurecida :
― ¡Qual marquês, nem qual diabo! Agora é que ha de ser bonito! Não posso andar... Vocês, com a