Um banho inesperado
 

 

― Venham vêr comer os cisnes,
Grita Firmina aos irmãos.
E, vendo que se não movem,
Faz muita bulha co'as mãos.

Então ambos, lentamente,
Como dois homens pequenos,
Encaminham-se p'ra o tanque.
Os cisnes vogam serenos,

Deslisando majestosos
Com o pescoço arqueado,
Contentes de vêr nas águas
O seu vulto projectado.

Firmina deita-lhes milho
E migalhinhas de pão.
― Não te chegues tanto à borda,
Diz-lhe, prudente, um irmão.