abençoará a nossa causa. — Palácio do governo em Angra, 20 de março de 1830. — Marquês de Palmela — Conde de Vila Flor — José António Guerreiro — Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque.»

No dia 26 criou uma comissão para administrar a fazenda pública, em lugar da extinta Junta da Fazenda; e, no mesmo dia, criou uma Junta de Justiça, para julgar em segunda e última instância os processos civis e criminosos, organizando também o Conselho de Justiça Militar e regulando o formulário que devia seguir-se e guardar nos atos da justiça. No dia 1.° de abril ordenou que nos feitos da fazenda se desse apelação ou agravo para a Junta de Justiça. A 3 deu perdão aos soldados, réus de primeira deserção, e determinou que nenhum paisano fosse preso sem ter ordem da autoridade competente, exceto em flagrante delito. A 5 aprovou e confirmou a emissão de moedas de bronze, ordenada pela Junta Provisória, e garantindo o seu valor legal. A 6 regulou provisoriamente as atribuições do marechal de campo comandante das forças militares. A 10 estabeleceu uma escola militar provisória. A 16 criou uma comissão para examinar as cadeias, e propor acerca delas os possíveis melhoramentos. A 21 deu amnistia geral aos moradores da ilha Terceira implicados em processos crimes por motivos políticos. A 30 declarou as penas em que incorrem os que dão asilo a desertores. No mês de maio, a 13, deu providências sobre o fornecimento do pão necessário para a tropa até às novas colheitas de cereais. A 14 determinou que, quando tardassem as remessas mensais de dinheiro que vinham de Londres para pagamento da guarnição e empregados, se fizessem os ditos pagamentos em células promissórias, resgatáveis logo que chegasse a remessa do dinheiro. Entrou no porto de Angra no dia 19 a escuna Jack-o’-Lantern, trazendo de Londres vários passageiros emigrados e dez mil libras esterlinas, auxílio de que já muito se precisava. Iam também chegando continuamente vários navios carregados de comestíveis de diversa natureza e de outros objetos de que havia necessidade. A 26, de tarde, fugiram da freguesia dos Biscoitos, num barco, para os navios do bloqueio, quatro soldados e um cabo, que estavam prisioneiros, depois de haverem encravado as peças de artilharia do forte, para lhes não fazerem fogo de terra. Continuou a Regência a promulgar decretos sobre muitos objetos do regímen público, que passamos a enumerar pela sua ordem cronológica: No mês de junho, a 2, anunciou a intenção de fazer provisoriamente