CAPITULO LVII

 
Destino
 

Sim, senhor, amavamos. Agora, que todas as leis sociaes nol-o impediam, agora é que nos amavamos devéras. Achavamo-nos jungidos um ao outro, como as duas almas que o poeta encontrou no Purgatorio:

Di pari, come buoi, che vanno a giogo;

e digo mal, comparando-nos a bois, porque nós eramos outra especie de animal menos tardo, mais velhaco e lascivo. Eis-nos a caminhar sem saber até onde, nem porque estradas escusas; problema que me assustou, durante algumas semanas, mas cuja solução entreguei ao destino. Pobre Destino! Onde andarás agora, grande procurador dos negocios humanos? Talvez estejas a criar pelle nova, outra cara, outras maneiras, outro nome, e não é impossivel que... Já me não lembra onde estava... Ah! nas estradas escusas.