CAPITULO CXV

 
O almoço
 

Não a vi partir; mas á hora marcada senti alguma cousa que não era dor nem prazer, uma cousa mixta, allivio e saudade, tudo misturado, em eguaes doses. Não se irrite o leitor com esta confissão. Eu bem sei que, para titillar-lhe os nervos da fantasia, devia padecer um grande desespero, derramar algumas lagrimas, e não almoçar. Seria romanesco; mas não seria biographico. A realidade pura é que eu almocei, como nos demais dias, acudindo ao coração com as lembranças da minha aventura, e ao estomago com os acepipes de Mr. Pruddon...

...Velhos do meu tempo, lembrai-vos desse mestre cosinheiro do hotel Pharoux, um sujeito que, segundo dizia o dono da casa, havia servido nos famosos Véry e Véfour, de Paris, e mais nos palacios do conde Molé e do duque de la Rochefoucauld? Era insigne. Entrou